A insegurança alimentar poderá afectar 2,3 milhões de pessoas em Moçambique até Março de 2025, com maior incidência nas regiões centro e sul do País. A informação foi divulgada por Luísa Meque, presidente do Instituto Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (INGD), durante o lançamento oficial do Apelo Humanitário face à seca, realizado em Maputo, informou a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
“É neste contexto que, como entidade governamental responsável pela coordenação da gestão e redução do risco de desastres em Moçambique, o INGD apoia iniciativas dos parceiros humanitários, com vista a mobilizar recursos adicionais que vão contribuir para minorar o sofrimento das comunidades afectadas”, afirmou Meque.
Durante a cerimónia, a presidente do INGD apelou por uma “abordagem inclusiva e integrada de modo a garantir a partilha de informação e assegurar que todas as iniciativas de resposta à recente seca que assolou o País sejam relevantes, dignificantes e efectivas na promoção da resiliência das comunidades afectadas.”
Apesar dos esforços, Meque alertou que, por ser um evento de progressão lenta, os impactos da seca, principalmente na disponibilidade de água, subsistência e segurança alimentar, tendem a se agravar com o tempo.
Segundo o INGD, nos últimos anos a seca afectou gravemente as regiões centro e sul, especialmente nos distritos áridos e semiáridos das províncias de Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete, exacerbando a crise alimentar nessas áreas. (DE)