Américo Letela deve abandonar a prática de lamentações da sua antecessora, Beatriz Buchili, apontar os nomes e desencadear mecanismos de responsabilização
O Procurador-Geral da República (PGR), Américo Letela, disse no dia 29 de Abril de 2025, durante a apresentação do Informe Anual sobre o estado da justiça e da legalidade que havia pessoas com responsabilidade na prevenção e combate dos raptos envolvidas na cadeia do crime, o que dificulta os esforços do Estado no combate ao mal.
Entre as pessoas que Américo Letela chama “infiltrados”, estão Magistrados Judiciais e do Ministério Público (MP), agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Não é a primeira vez que um procurador aponta o envolvimento de agentes públicos no crime organizado como obstáculo para uma resposta eficaz do Estado. A antiga PGR, Beatriz Buchili, abordou o assunto em quase todos os seus informes e não só. No entanto, nada de concreto foi feito para desmantelar as células do crime organizado na estrutura do Estado. Foram anos de lamentações.
