Nomeações de Sheila Marrengula e Efigénio Baptista para altos cargos na Magistratura, penas brandas para os réus e mandado não executado contra Chivale evidenciam que o julgamento foi um teatro
Apesar das desinteligências entre as facções do actual Presidente da República, Filipe Nyusi, e do seu antecessor, Armando Guebuza, terem deixado transpirar a ideia de que o julgamento do Processo nº 18/2019-C, do famigerado caso das dívidas ocultas, tinha sido montado apenas na lógica de caça às bruxas ao Governo cessante, o facto é que julgamento que levou mais de um ano pode não ter passado de um teatro montado pelo regime, essencialmente com dois objectivos.
O primeiro objectivo foi o de proteger os chefes da Frelimo e a própria Frelimo. O segundo objectivo foi o de vender a ideia de um país intolerante contra a corrupção, como parte de um plano de lavagem de imagem internacional de Moçambique que tinha sido lançada na lama, justamente por conta das dívidas, para convencer os doadores a retomarem a ajuda ao Orçamento do Estado.
Obviamente que, estando no poder, Nyusi entregou a facção de Guebuza para se proteger ele próprio e aos seus, mas os danos foram menores para todos os lesa-pátria, incluindo o partido Frelimo que recebeu dez milhões de dólares. Diz o CDD
https://cddmoz.org/wp-content/uploads/2020/07/Nomeacoes-de-Sheila-Marrengula-e-Efigenio-Baptista-para-altos-cargos-na-Magistratura-penas-brandas-para-os-reus-e-mandado-nao-executado-contra-Chivale-evidenciam-que-o-julgamento-foi-um-teatro.pdf