O Presidente moçambicano disse a (20.03) que são conhecidos e estão “bem identificados” os rostos envolvidos nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique. Daniel Chapo, que falava durante a cerimónia de graduação na Academia de Ciências Policiais, em Maputo, pediu atenção ao “incitamento à violência” através de plataformas digitais.
“Hoje, felizmente, estes rostos que atentam contra a livre circulação de pessoas e bens, destroem bens públicos e privados, prejudicando a nossa economia, estão bem identificados e são conhecidos pelas nossas Forças de Defesa e Segurança, pela população e pelas autoridades judiciais”, afirmou o chefe de Estado moçambicano.
Chapo pediu que a corporação esteja atenta ao incitamento à violência contra pessoas e bens a partir de plataformas digitais e eletrónicas, de onde surgem “panfletos instigadores” e que criam um “clima de instabilidade” sob a capa de manifestações pacíficas.
Para o estadista, as manifestações pacíficas, passeatas e caravanas criadas nas plataformas digitais transformam-se em “manifestações violentas, ilegais, criminosas, [em] vandalismo e destruição de bens públicos e privados”. “Nenhum moçambicano pode ser impedido de circular livremente e de transportar os seus bens para onde quer que seja”, disse o Presidente.
Na ocasião, Daniel Chapo pediu ainda que os agentes da polícia moçambicana evitem atos que coloquem em causa o “bom nome” da corporação e do Estado, considerando inadmissíveis “práticas nocivas” entre as quais a corrupção, extorsão, clientelismo, indisciplina, nepotismo e a falta de respeito ao cidadão.
Fonte: Lusa