Economia

Banco Mundial: Moçambique é o Segundo País Com os Níveis Mais Elevados de Pobreza Extrema em África

A pobreza extrema continua a ser um grande desafio em várias partes de África, com novos dados a revelarem que milhões de pessoas continuam a viver com menos de três dólares por dia. Números recentes da Visual Capitalist, citando dados do Banco Mundial, destacam que vários países africanos estão entre os mais afectados a nível global.

A pobreza extrema refere-se à percentagem de pessoas que vivem com menos de três dólares por dia, ajustada pela paridade do poder de compra.

De acordo com os dados, África representa 20 dos 30 países com os níveis mais elevados de pobreza extrema em todo o mundo, sublinhando os desafios contínuos, incluindo o lento crescimento industrial, infra-estruturas fracas e acesso limitado a serviços sociais essenciais.

A República Democrática do Congo ocupa o primeiro lugar no continente, com 85,3% da sua população a viver abaixo do limiar da pobreza. Moçambique segue com 82,2%, enquanto o Maláui e o Burundi registam 75,4% e 74,2%, respectivamente.

Concentração da pobreza na África Subsaariana

A pobreza continua fortemente concentrada na África Subsaariana, onde a agricultura e o comércio informal continuam a dominar as economias locais.

Em muitos países, o ritmo lento do crescimento industrial e o acesso reduzido a serviços modernos têm limitado as oportunidades de rendimento e os padrões de vida. Mesmo em economias relativamente diversificadas, como o Quénia e o Uganda, quase metade da população ainda vive em pobreza extrema.

A situação tem sido afectada por pressões inflacionárias e protestos contínuos em algumas partes do Quénia, enquanto desafios institucionais, a fraca criação de empregos e o acesso limitado à educação, saúde e infra-estruturas persistem no Uganda.

Desigualdade persistente face ao crescimento

Embora Zâmbia e Zimbabué tenham registado um crescimento modesto do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos, os benefícios não foram distribuídos de maneira uniforme entre as suas populações.

Em nações ricas em recursos, como a República Democrática do Congo, as fortes receitas da mineração ainda não proporcionaram uma melhoria económica generalizada, com o investimento público limitado por questões de governança e lacunas persistentes em infra-estruturas.

 

Os dados reflectem um desequilíbrio persistente entre o crescimento económico e o bem-estar social em todo o continente. Embora certos sectores, como energia, telecomunicações e agricultura, tenham-se expandido, os níveis de pobreza permanecem elevados, particularmente em áreas rurais onde o desenvolvimento ficou para trás.

À medida que África continua a perseguir os seus objectivos de desenvolvimento a longo prazo, os números destacam a urgência de abordar a desigualdade e melhorar o acesso a serviços essenciais para garantir que o progresso económico beneficie uma parcela mais ampla da população.

Fonte: Business Insider Africa

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