Desde a independência, a contribuição da indústria para o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu de 10%, em 1975, para 7%, em 2023, uma queda alarmante que reflecte desafios significativos. O desaparecimento de indústrias-chave, como alimentos, calçados e borrachas, transformou Moçambique em um “supermercado” de produtos acabados, importados.
Moçambique celebra, no dia 25 de Junho de 2024, quarenta e nove (49) anos de independência nacional. Neste período o país testemunhou mudanças dramáticas, especialmente no seu sector industrial, um elemento vital para o desenvolvimento económico.
O País ocupa a 30ª posição no Índice de Industrialização da África de 2022, entre 52 países africanos. depois de ter ocupado a 8ª posição em 1970. Isto indica a necessidade urgente de mudanças nas políticas de desenvolvimento industrial. Países da África Austral, como África do Sul, Eswatini e Namíbia, alguns deles com uma base colonial semelhante a de Moçambique, conseguiram destacar-se através de uma série de estratégias bem planificadas e implementadas ocupado a 6ª e a 10º posição no índice que avalia 52 países africanos respectivamente.
Os dados apresentados neste estudo mostram que, em 49 anos de independência, a contínua dependência da importação de produtos externos aumentou substancialmente e sem uma indústria nacional para satisfazer essa procura, e se nada for feito nos próximos tempos, o país continuará sendo um supermercado de produtos acabados externos.