O Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou hoje (12) em Maputo, a criação do Gabinete de Comunicação Institucional da Presidência da República (GCIPR) e conferiu posse ao jornalista Ericino de Salema como director.

Trata-se de um novo órgão para que a Presidência da República seja colocada ao serviço dos moçambicanos e, por eles, melhor conhecida, de modo a melhorar a transparência do mandato de Chapo, e consolidando a relação com os cidadãos.

O anúncio foi feito durante a cerimónia de tomada de posse de De Salema, acto que teve lugar hoje em Maputo.

Ao empossar e confiar uma missão que considera central para o mandato, De Salema, segundo Chapo, deve carregar as acções do Presidente e do governo para cada moçambicano, de forma clara, atempada, transparente, íntegra e, acima de tudo, acrescentou Chapo, mais próxima aos profissionais da comunicação social.

“A comunicação é, para nós, o termómetro da democracia. É através dela que o Estado se torna mais aberto ao escrutínio, que as políticas se tornam conhecidas e que se fortalece a confiança entre o governo e a sociedade e, sobretudo, os cidadãos, que é o povo moçambicano. Aliás, sempre tenho dito que uma comunicação eficaz é o pilar que sustenta a unidade nacional e a participação cívica de todos os cidadãos”, vincou.

O Chefe do Estado apontou três desafios estratégicos para a missão de De Salema, apontando, o primeiro, que é garantir uma comunicação mais efectiva.

Sobre o facto, Chapo disse precisar de uma comunicação que vá além dos comunicados e das notas de imprensa, e que deve ser inteligível e acessível a todos, desde as grandes cidades às zonas rurais.

“O nosso Gabinete”, sublinhou, “deve ser o garante de que a informação sobre as acções, os projectos e os desafios da nossa nação cheguem ao cidadão de forma clara, honesta, íntegra, transparente, responsável e em tempo útil”.

O segundo visa tornar a Presidência mais conhecida e próxima, o que implica que a sua missão é desmistificar o poder e tornar o Presidente e as suas acções mais conhecidas, compreendidas pelos moçambicanos.

“Como nos referimos aquando da posse do Adido de Imprensa, seu parceiro nesta missão, devemos usar todas as ferramentas disponíveis, dos media tradicionais às novas tecnologias de informação e comunicação, para levar a Presidência para a rua, para a praça, para a casa de cada moçambicano sem preconceitos”, vincou.

A proximidade, explicou Chapo, não é apenas uma questão geográfica, mas sim de confiança e empatia entre o Presidente, a Presidência e os cidadãos.

O terceiro e último desafio apontado pelo Chefe do Estado para o director, consiste em estabelecer uma comunicação bidireccional, afirmando de seguida que como missão, De Salema terá também a de criar pontes para que a voz do cidadão chegue até à Presidência.

“Precisamos de uma comunicação que ouça as preocupações, as aspirações e as críticas construtivas do nosso povo. Queremos uma Presidência que é vista e ouvida, mas que também vê e ouve o seu povo”, realçou.