Queria ser o vento que corre pelo mundo sem ser visto,
Sem cor, sem luz apenas existo
O vento forte, que derruba tudo por onde passa
Outras vezes calmo e carinhoso, quando toca na pele dos homens
E por vezes malandro, que levanta a saia e passa entre pernas, com a devina graça
O vento que toca e acaricia os rostos das velhas nos campos
Beija o labio das mulheres e seus corpos
O vento que dá melodia às árvores e faz danças eróticas com as ondas do mar, sem medo do sol e da lua
Carrega vozes e segredos, gritos e gemidos, sem nunca parar
O vento que traz nuvens de chuva, pra regar corações e purificar a alma dos homens com ternura.
Como queria ser o vento…
De : Clésio Jonaze
