O presidente da Coligação Aliança Democrática (CAD), Manecas Daniel, e sua família estão a viver dias difíceis devido a constantes ameaças, incluindo de morte, por indivíduos que se identificam como membros da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), uma unidade da Polícia da República de Moçambique (PRM), usada para fazer o serviço sujo do regime, como seja o assassinato de vozes criticas à governação, como aconteceu com o assassinato do activista Anastacio Matavel.
Temendo pela vida, Manecas Daniel, abandonou a sua residência e se encontra em parte incerta. Quando os referidos agentes, também conhecidos como esquadrões da morte, tomaram conhecimento do desaparecimento de Manecas Daniel, começaram a ameaçar a família que está, neste momento, em pânico.
A CAD é a coligação que viu a sua candidatura chumbada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e pelo Conselho Constitucional (CC), quando os dois órgãos se aperceberam que seria a plataforma que iria suportar a candidatura de Venâncio Mondlane à Presidência da República.
Mesmo depois do chumbo da candidatura, a CAD e Manecas Daniel continuaram a apoiar Venâncio Mondlane. As ameaças a Manecas Daniel devem ser entendidas no quadro de um regime intolerante e autoritário que não se conforma com os preceitos básicos da democracia, e que se mantém no poder por via da força, sobretudo por ter capturado as instituições, por isso contestado pelo povo nas ruas.