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Crime Transnacional em Moçambique: Desafios e Implicações

 

Por Tiago J.B. Paqueliua

Introdução

A recente morte de um cidadão moçambicano conhecido como “Dollarman” em confronto com a polícia sul-africana e seguranças privados em Kempton Park, nos arredores de Joanesburgo, trouxe à tona a questão do crime transnacional em Moçambique. De acordo com a Moztoday, citando a Enca News, o homem de 40 anos era considerado um chefe de sequestros e estava registado no SERNIC, o banco de dados de pessoas procuradas em Moçambique, por crimes que incluem raptos e invasões de domicílio.

Problematização e Análise:

O crime transnacional em Moçambique tem sido uma preocupação crescente, com raptos e sequestros de empresários, sobretudo estrangeiros, a turvar o ambiente de negócios. A situação é ainda mais grave por alegações de envolvimento de elementos das Forças de Defesa e Segurança, do SERNIC e da PGR, tornando desafiante confiar nas instituições. A África do Sul tem sido um destino comum para criminosos moçambicanos, com muitos sendo detidos ou mortos em operações policiais.

A morte de “Dollarman” e a subsequente libertação de um empresário indiano sequestrado destacam a necessidade de cooperação internacional no combate ao crime organizado. No entanto, a questão da imunidade e honras concedidas a alguns criminosos em Moçambique levanta preocupações sobre a eficácia da justiça no país. O caso das dívidas ocultas, em que um dos criminosos foi finalmente levado à justiça americana após a relutância das autoridades moçambicanas, é um exemplo notável.

Tendências Preocupantes
Crime Transnacional:

A África do Sul tem sido um destino comum para criminosos moçambicanos, com muitos sendo detidos ou mortos em operações policiais.

Envolvimento de instituições:

Alegações de envolvimento de elementos das Forças de Defesa e Segurança, do SERNIC e da PGR no crime organizado tornam desafiante confiar nas instituições.

Cooperação internacional:

A necessidade de cooperação internacional no combate ao crime organizado é evidente, mas a eficácia da justiça em Moçambique é questionável.

Conclusão

É imperativo que Moçambique reavalie sua abordagem ao combate ao crime organizado, fortalecendo suas instituições e cooperando efetivamente com parceiros internacionais para garantir a segurança e a justiça para seus cidadãos. A África do Sul tem demonstrado eficácia em lidar com criminosos moçambicanos, mas é crucial que Moçambique tome medidas proativas para prevenir a fuga de criminosos e garantir a aplicação da lei.

Recomendações

1.⁠ ⁠Fortalecimento das instituições: Moçambique deve fortalecer suas instituições, garantindo a transparência e a accountability no combate ao crime organizado.

2.⁠ ⁠Cooperação internacional: A cooperação internacional é fundamental no combate ao crime transnacional, e Moçambique deve trabalhar em estreita colaboração com países vizinhos e organizações internacionais para compartilhar informações e best practices.

3.⁠ ⁠Prevenção: Medidas preventivas, como a educação e a conscientização, devem ser implementadas para prevenir a participação de jovens e outros grupos vulneráveis no crime organizado.

Epílogo

Se os EUA estão a invadir a América Latina alegando procurar desativar cartéis narcotraficantes, o que impede supor que África do Sul venha invadir Moçambique para desativar o epicentro do crime Transnacional que lhe desfere golpes.

Referências

1.⁠ ⁠Moztoday, 4 de setembro de 2025.

2.⁠ ⁠Enca News.

3.⁠ ⁠AIM, 4 de setembro de 2025.

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