A ExxonMobil anunciou esta quinta-feira, 20 de Novembro, que levantou a declaração de ‘força maior’ aplicada ao projecto Rovuma LNG, em Cabo Delgado, passo necessário para a Decisão Final de Investimento, prevista para 2026. O avanço ocorreu quatro anos após a suspensão do projecto devido aos ataques armados na província.
Segundo a agência Lusa, o projecto está avaliado em 1,92 biliões de meticais (30 mil milhões de dólares) e é um dos maiores em África. A petrolífera norte-americana confirmou que a decisão acompanha o levantamento da mesma condição pela TotalEnergies, com quem partilha infra-estruturas na península de Afungi.
De acordo com um porta-voz da ExxonMobil, citado pela Bloomberg, a empresa está a cooperar com o Governo para garantir segurança aos trabalhadores e continuar o desenvolvimento do empreendimento de Gás Natural Liquefeito.
O Presidente da República, Daniel Chapo, afirmou em 12 de Novembro que a ExxonMobil deverá avançar com a Decisão Final de Investimento antes de Julho de 2026. Recordou que, nas conversações realizadas em Houston, ficou claro que a retoma da TotalEnergies facilita o avanço da ExxonMobil.
As condições de segurança em Cabo Delgado foram indicadas pela petrolífera como factor para retomar o processo. O diretor-executivo Darren Woods afirmou, em 31 de Outubro, que a situação melhorou e que o consórcio está a trabalhar com a TotalEnergies nesse sentido.
A ExxonMobil previa anteriormente tomar a Decisão Final de Investimento no final de 2025 e depois no início de 2026, com início da exportação de GNL em 2030 e capacidade estimada de 18 milhões de toneladas por ano.
O projecto da Área 1, liderado pela TotalEnergies e avaliado em 1,28 biliões de meticais (20 mil milhões de dólares), está em fase de retoma e prevê iniciar entregas de GNL em 2029, com capacidade de 13 milhões de toneladas por ano.
No ‘offshore’ da mesma bacia, a Eni já produz cerca de sete milhões de toneladas por ano através da plataforma flutuante Coral Sul, em operação desde 2022. A segunda plataforma, Coral Norte, deverá duplicar esta capacidade em 2028, num investimento de 460,8 mil milhões de meticais (7,2 mil milhões de dólares). (DE)
