O Consulado de Moçambique em Nelspruit, na África do Sul, recomenda aos moçambicanos que viajem para aquele país somente em casos de extrema urgência, como forma de se prevenirem dos assaltos que se têm tornado recorrentes nas proximidades da fronteira de Lebombo, facilitados pelo congestionamento.
Nos últimos tempos tem se verificado longas filas de camiões na Estrada Nacional Número 4 e assaltos na mesma rodovia, cujas vítimas são cidadãos de várias nacionalidades, incluindo moçambicanos. Isto levou recentemente uma equipa da Embaixada de Moçambique na África do Sul, liderada pela alta-comissária Maria Manuela Lucas, a visitar os postos fronteiriços de Lebombo, do lado sul-africano, e de Ressano Garcia, do lado moçambicano.
Sobre o congestionamento, as autoridades moçambicanas receberam a explicação de que o problema é causado pelo aumento, nos últimos dois anos, de 600 para cerca de dois mil, do número de camiões que atravessam os dois postos fronteiriços. Mas, por outro lado, “o sistema de gestão aduaneira de Moçambique não se encontra conectado com o sul-africano, o que torna ainda mais lento o processo do desalfandegamento dos camiões, situação que também poderia ser resolvida com a operacionalização da paragem única”.
O Consulado fala de consequências económicas do problema para os dois países, mas também se mostra preocupado com os recorrentes assaltos nas proximidades da fronteira de Lebombo, que têm como vítimas cidadãos moçambicanos e de outros países.
O Consulado deixa a recomendação de que as viagens de e para África do Sul sejam feitas “somente para tratar de questões ‘extremamente’ prioritárias, isto até haver garantias de segurança por parte das autoridades sul-africanas, não só nas proximidades da fronteira de Lebombo, mas também na cidade de Mbombela (Nelspruit), onde também se verifica um aumento considerável do número de assaltos aos moçambicanos”.
Sendo imperiosa a deslocação, o Consulado fala das horas recomendáveis a fazer a travessia. “Devem priorizar o período entre as 09h30 e 13h30, para efectuarem os movimentos migratórios, uma vez haver uma significativa redução de viaturas, principalmente de transportes públicos de passageiros e camiões de carga, que normalmente efectuam a travessias às primeiras horas da manhã e no final do dia”, lê-se no documento, citado pela AIM.