Por Estácio Valoi
11/11/19
Em três dimensões, ou 3D, Desintegrar, Desmontar e Destruir (terceira dimensão) na sua segunda/terceira fase do premio a maioria (dês) qualificada na ‘ casa’ do povo, aos recursos naturais minerais e o atropelo das liberdades com retaguarda da salada russa à mistura do Jin-Ping!
E’ deveras realidade que a China e Moçambique tem as suas relações diplomáticas que remontam desde o período da Independência de Moçambique em 1975 em varias áreas, da saúde, agricultura, defesa e outras que com intervalos foram seguindo o seu curso até nova ordem de cooperação entre Moçambique e China –“ os amigos” na limpeza, contrabando de madeira, marfim, mariscos, pedras preciosas, areais pesadas, infra-estruturas construídas ‘ em cima do joelho’ a luz de comissões astronómicas, ao financiamento de eleições do regime do dia Governo-FRELIMO. Líderes da nomenklatura politica moçambicanos envolvidos em todas as negociatas.
Contudo, ‘ da china não há almoço gratuito! Claro que o Gin – Ping não ‘e o único predador mas o que da raiz tudo leva
1D: Tudo a qualquer custo
A’ Rússia antes da China, Nyusi com o Sochi a mesa- cimeira Rússia-África, preparada pelo seu homólogo Putin, recentemente desembarcava na Rússia segundo versa a website da Presidência da Republica (https://www.presidencia.gov.mz), onde o Chefe do Estado moçambicano foi recebido com uma cerimónia tradicional, em apoteose pelo dever cumprido!
Primeira vassalagem ao Putin pela intervenção pré-eleitoral do Centro Internacional Anticrise da Rússia (IAC), que apoiou a Frelimo nas sextas eleições moçambicanas. Um relatório desta organização foi publicado por fanáticos da Frelimo nas redes sociais, apresentando resultados de uma suposta sondagem de preferências dos eleitores moçambicanos, que favoreciam a Frelimo em números que pareciam surreais, como acabou por acontecer naquilo que a Renamo chama de “Fraude jamais vista no pais e no Mundo”.
Segunda vassalagem
A 13 de Setembro chegaram os primeiros 160 militares russos estão em Cabo Delgado, conforme deu a conhecer ao mundo em primeira mão o Moz24h. Os militares terão sido destacados para os distritos de Macomia e Mueda depois de terem entrado no País pelo aeroporto de Nacala. Este “reforço” foi para neutralizar e estancar a onda de insurgência que continua a semear luto e dor em Cabo Delgado.
Moçambique e Rússia assinaram recentemente assinaram acordos de cooperação em Kremlin Moscovo.
Á China depois da Rússia
Os hossanas cabem agora ao Pais dos ‘amigos’ de olhos achatados do seu homologa Xi Jinping. China vai investir mais 60 bilhões de verdinhas em países africanos dizia Jinping na abertura da cúpula China-Africa no seu 7 fórum de cooperação assim como também fez referencia ao alivio da divida dos países pobres, dividas muitas das vezes difíceis de pagar, ‘ um cinturão, uma rota com a previsão de investimentos de ate USD 900 Bilhões em vários projectos
2D Futuros governadores na China
:Futuros governadores ao próximo e último mandato de Nyusi encontram-se neste momento na China em mais uma vassalagem a Xi Jinping pelo apoio dado a FRELIMO na sua campanha eleitoral. As ‘oferendas’ são de praz, Assim foi em 2014 e assim foi nas recentes eleições.
Segundo fontes todos os custos estão a cargo do Gin-ping em divida que será saldada a posterior pelo povo moçambicano. Os futuros governadores ao próximo mandato do ‘ New Man’ para além do Gin-Ping foram convidados para uma formatação/formação com vista ao que vêm as três dimensões do Nyusi, e, evitar a “moda Hong Kong” e manter a delapidação!
“ Chinês de expansão para a África, financiar as barragens de Mpanda Nkhuwa e Moamba Major, uma das grandes apostas do executivo de Maputo no âmbito da sua ambição de ser líder regional no sector energético, sob pretexto de que a Electricidade de Moçambique (EDM) não oferecia garantias suficientes de que a energia produzida por estas barragens encontraria compradores. Esta situação mostra o fim da época da lógica da ‘solidariedade’ e a entrada na época da lógica do ‘negócio’, em conformidade com a orientação actual da economia chinesa.”
E’ uma Rússia e China em que estes valores são relegados para segundo plano! Apenas o lucro importa!
“Algumas empresas chinesas já se aperceberam da importância de ter os favores da Frelimo: nas eleições gerais de 2009, a TENWIN INT, LDA., ofereceu 30 motorizadas em apoio a campanha eleitoral deste partido. Se a mais conhecida e mais mediatizada aliança ocorre no sector madeireiro, com alguns segmentos da sociedade moçambicana a considerarem o negócio chinês de madeira em Moçambique um autêntico saque, estas alianças também existem noutras áreas, como no sector bancário (Ana Alves neste volume) e na construção (Chichava neste volume). Uma das recentes alianças entre empresas chinesas e a burguesia moçambicana, que merece uma análise um pouco detalhada, é aquela entre o China Internacional Fund (CIF), companhia chinesa baseada em Hong Kong, e a SPI-Gestão e Investimentos, SARL, uma holding do partido Frelimo. As duas empresas constituíram a CIF-Moz, uma sociedade por quotas com diversos interesses, nomeadamente na agricultura, turismo, recursos minerais, comércio, construção, importação e exportação de diversos produtos, bem como na prestação de serviços. A CIF, uma empresa ‘misteriosa’ (Ferreira 2008; LevKowitz et al. 2009), é citada como sendo próxima de alguns regimes corruptos e ditatoriais africanos, em conluio”
3D: “Escapar aos Dentes do Crocodilo e Cair na Boca do Leopardo”
A partir de então, vários acordos foram assinados entre os dois países, no contexto da perspectiva chinesa de win – win cooperation, em particular no domínio da saúde, agricultura e defesa.
Este argumento não toma China como “salvador” de África e muito menos pretende isentá-la de várias práticas contraproducentes, mas sim, mostrar que infelizmente África em geral e Moçambique em particular é terreno fértil de disputas das grandes potências desde a Conferência de Berlim – 1884/5. Este fato obriga a tomar por empréstimo o título da obra do historiador moçambicano Adam (2006) – “Escapar aos Dentes do Crocodilo e Cair na Boca do Leopardo” que no contexto deste artigo significa que África em geral e Moçambique em particular, estão procurando forma de se livrar da perene colonização e neocolonização, só que isso os leva a cair num outro dilema de exploração desenfreada de recursos naturais. Mas esse problema não é tomado neste artigo como tendo sua génese no gigante económico chinês, porque este apenas aprendeu a lição de exploração com os países centrais. São esses países que ajudaram Moçambique a construir instituições frágeis incapazes de defender interesses nacionais, o que alimenta actualmente esquemas de corrupção e proteccionismo partidários das empresas chinesas na exploração de recursos naturais, chegando a empresa Xue Bing Huang a financiar a campanha eleitoral do maior partido no poder, como indica o CIP no seu relatório nº 11/2014.
Mas a senda não pára por aqui.
Destruir! Nyusi, ciente de que não passará para o terceiro mandato, umas das suas premissas num Pais sem controlo do Executivo, do Judicial e da Justiça, vai a todo o custo, não só despertar o Esquadrão da Morte mas também tentar coarctar as liberdades mais fundamentais, quiçá na tentativa de alteração de leis e/ou criação de novas formas de acomodar os seus interesses e do seu grupo, as organizações da sociedade civil, jornalistas, pesquisadores, a sociedade em geral submetida ao clima de terror e intimidação, serão alguns dos trunfos do homem do planalto numa espécie de “Deus dará”!?
http://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/MozChin/IESE_Mozam-China_9.Conc.pdf
Segundo comunicado da Presidência da república, o Presidente da República, Filipe Nyusi, enfim promulgou e mandou publicar a revisão do Código Penal e do Código do Processo Penal, aprovadas pela Assembleia da República em Julho passado. Dentre inúmeras mudanças e inovações foram criminalizadas: a gravação áudio, vídeo ou de fotografia sem autorização; a “baixada” de energia, desvio de água ou o “gato” de televisão; ou mesmo o abuso e exploração da fé em Moçambique.
Ao abrigo do Código Penal revisto a actividade de agiotagem passará a ser punida com pena de prisão entre 1 a 5 anos de prisão pela sua prática e em 2 anos de prisão a punição para quem cobrar dívidas por conta do agiota.
Gravar, registar, utilizar, transmitir ou divulgar conversa, comunicação telefónica, imagem, fotografia, vídeo, áudio, facturação detalhada, mensagens de correio electrónico, de rede social ou de outra plataforma de transmissão de dados sem o consentimento e com intenção de devassar a vida privada das pessoas passa a dar cadeia em Moçambique.
Vai também ser punido com prisão quem aceder sem autorização do proprietário “um dispositivo alheio, fixou ou móvel, ligado ou não à rede de computador, com o fim de obter informação não pública de correio ou comunicação electrónica privada” e ainda a “baixada” de energia eléctrica, o desvio de água potável ou o “gato” de televisão e internet.
A revisão do Código Penal de 2014 passará ainda a punir com maior precisão os crimes de corrupção e conexos praticados no sector público aplicando entre 2 a 8 anos de prisão aos servidores que violarem as normas do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado em Moçambique e foram especificamente visados os funcionários da alfândega, viação, migração, identificação civil e criminal.
Mais controversas as serão criminalizações de quem “aliciar crentes de uma religião ou culto a alienar ou entregar dinheiro ou bens como (…) promessa para o enriquecimento”; ou daquele que efectuar gravação de palavras proferidas por alguém mas não destinadas ao público, a filmagem ou fotografia de um cidadão, contra a sua vontade, mesmo que tenha sido em evento público.
“Esta última norma com possível implicação na actividade dos jornalistas em Moçambique.” (Moz24)