Por Cacilda zunguze
Moçambique, um país rico em biodiversidade, enfrenta agora uma ameaça preocupante – a extinção do pangolim. Esses animais, conhecidos por sua aparência peculiar e escamas protetoras, estão desaparecendo rapidamente devido à caça ilegal e ao comércio clandestino.
Um pangolim é um mamífero que pertence à ordem Pholidota e à família Manidae. Existem várias espécies de pangolins, encontradas principalmente na Ásia e na África. Esses animais possuem um corpo recoberto por escamas características, o que os faz parecer com uma mistura de tatu, bicho-preguiça e tamanduá. Eles têm garras longas e se alimentam principalmente de formigas e cupins. Quando se sentem ameaçados, os pangolins têm o hábito de se enrolar em forma de bola para se proteger. Infelizmente, os pangolins estão ameaçados de extinção devido à caça ilegal e à destruição de seu habitat.
Numa entrevista concedida ao portal voa português , a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) revela que o número de pangolins em Moçambique continuam a reduzir drasticamente sob pressão de traficantes que alimentam o mercado asiático.
“Infelizmente, o pangolim é o mamífero mais traficado do mundo, e tem sofrido muitas ameaças que podem levar a sua extinção”, observa a ANAC em nota divulgada no âmbito das celebrações, sábado, 17 de fevereiro, do Dia Mundial do Pangolim.
os pangolins são muito cobiçados porque são considerados uma iguaria da culinária asiática. Mas não só por isso. Eles também são explorados pela medicina tradicional asiática, porque acredita-se que sua pele escamosa pode melhorar a função renal, o tratamento da asma e melhorar os sintomas da psoríase.
De acordo com o Pnuma, o pangolim é o animal mais traficado do mundo. Seu nível de comercialização é tão alto que, em 2019, um total de 10 toneladas de escamas de pangolim foram apreendidas na cidade chinesa de Wenzhou, na província de Zhejiang.