Depois de perder um helicóptero Gazelle 341B, no início das suas operações militares em Cabo Delgado, a empresa militar privada Dyck Advisory Group (DAG) terá sofrido há diasum novo revés.
Um aparelho de vigilância BatHawk terá sido abatido na zona de Milangueleia, Cabo Delgado, pelos grupos armados activos na zona, segundo fontes militares. O piloto e o passageiro terão ficado feridos com gravidade.
O aparelho de pequena envergadura e fuselagem leve, fabricado pela Micro Aviation South Africa, é utilizado em missões de vigilância a baixa altitude e ainda em formação de pilotos, desportos aéreos e vigilância de parques naturais na África do Sul. Segundo fontes militares, está longe de ser o meio mais apropriado para operações em teatros de guerra.
Pouco depois do início do envolvimento da DAG em apoio aos militares moçambicanos, um dos helicópteros Gazelle utilizados foi atingido a 10 de Abril por armas ligeiras, efectuando aterragem forçada. A tripulação resgatada e o aparelho Gazelle 341B, adquirido no Reino Unido e equipado na Hungria (WA1987), foi destruído no local como medida de protecção.
Os resultados das operações da DAG têm sido limitados, e apesar da sua presença no terreno os grupos armados ocuparam Macomia entre 28-30 de Maio – seguindo-se a outras sedes de distrito como Quissanga, Mocímboa da Praia e Muidumbe . A DAG pretende reforçar os meios de combate aéreos empenhados em Cabo Delgado.
A Dyck Advisory Group substitui a Russian Wagner Group, que se retirou de Cabo Delgado no mês passado. A DAG é propriedade do ex-coronel militar do Zimbabwe Lionel Dyck, que se acredita estar próximo do Presidente do Zimbabwe, Emerson Mnangagwa.
Lionel Dyck esteve envolvido na política do ZANU-PF e em vários projectos, desde 2002, para Mnangagwa substituir Robert Mugabe. Esta força, ao que a Moçambique diz respeito, foi co-responsável no ataque à Casa Banana, antigo “quartel-general” da Renamo. (Moz24h)