Foto: Jornal Domingo
As obras já não começam no segundo semestre deste ano, tal como havia prometido o Ministro das Obras Públicas, Carlos Mesquita. A nova data para o início da reabilitação da principal estrada de Moçambique passa para Maio de 2024. Nessa altura, Filipe Nyusi estará a escassos sete meses do fim do segundo e último mandato, o que significa que um novo adiamento pode resultar no incumprimento da promessa de reabilitar a EN1.
Além dos sucessivos adiamentos, facto curioso é que ninguém fala dos 800 milhões de dólares dos Emirados Árabes Unidos para a reabilitação da EN1. Em Janeiro deste ano, o Presidente da República efectuou uma curta visita aos Emirados Árabes Unidos e, na hora de balanço, disse que em Março seria assinado o acordo de financiamento no valor de 800 milhões de dólares para a reabilitação da EN1.
Ninguém sabe se o acordo foi assinado e se os 800 milhões de dólares já foram desembolsados. Tanto o Presidente da República como o Ministro das Obras Públicas apenas falam dos 800 milhões de dólares do Banco Mundial para a reabilitação da EN1.
Mais uma vez, o Governo acaba de adiar o início das obras de reabilitação da Estrada Nacional Nº1(EN1), única via que liga o país do norte ao sul. Inicialmente previstas para iniciar no segundo semestre deste ano, as obras de reabilitação da EN1 foram agora adiadas para Maio de 2024, a sete meses do fim do segundo e último mandato de Filipe Nyusi.
Em Outubro de 2022, o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, disse na Assembleia da República que a primeira fase da reabilitação da EN1 iria iniciar no segundo semestre de 2023, com obras a serem feitas numa extensão de 414 quilómetros, nos troços Inchope – Gorongosa (70 km), Gorongosa – Caia (168 Km) e Chimuara – Nicoadala (76Km) .
O Ministro reiterou que o Governo mobilizou 850 milhões de dólares junto do Banco Mundial para a reabilitação da EN1. “Queremos informar que a componente da segurança rodoviária será a nossa grande prioridade e asseguraremos a participação e pequenas e médias empresas nacionais na sua manutenção. Inclui, ainda, neste pacote de reabilitação da EN1, 10 anos de manutenção já estruturados no contrato e garantidos com o financiamento do Banco Mundial” .
Há duas semanas, Carlos Mesquita assegurou que o acordo de financiamento do Banco Mundial se tornou efectivo em Dezembro de 2022, mas só este mês de Junho é que foi possível lançar o concurso para a contratação do consultor que vai trabalhar no projecto conceptual e preparação da documentação, para depois se lançar outro, com vista à mobilização do empreiteiro.
Entretanto, esta semana o Presidente da República anunciou uma nova data para o início das obras de reabilitação da EN1. Faltando poucos dias para o início do segundo semestre, Filipe Nyusi disse que a reabilitação da EN1 vai iniciar em Maio de 2024, contrariando o anúncio que havia sido feito pelo seu Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos. O Presidente da República não explicou as razões do adiamento, mas fez notar que a primeira fase vai abranger 508 km, nos troços Inchope – Gorongosa, Gorongosa – Caia, Chimuara – Nicoadala e Metoro-Pemba. As obras serão financiadas
l Além dos sucessivos adiamentos, facto curioso é que ninguém fala dos 800 milhões de dólares dos Emirados Árabes Unidos para a reabilitação da EN1. Em Janeiro deste ano, o Presidente da República efectuou uma curta visita aos Emirados Árabes Unidos e, na hora de balanço, disse que em Março seria assinado o acordo de financiamento no valor de 800 milhões de dólares para a reabilitação da EN1.
Ninguém sabe se o acordo foi assinado e se os 800 milhões de dólares já foram desembolsados. Tanto o Presidente da República como o Ministro das Obras Públicas apenas falam dos 800 milhões de dólares do Banco Mundial para a reabilitação da EN1 pelo Banco Mundial, num valor de 400 milhões de dólares.
Além dos sucessivos adiamentos, facto curioso é que ninguém fala dos 800 milhões de dólares dos Emirados Árabes Unidos para a reabilitação da EN1. Em Janeiro deste ano, o Presidente da República efectuou uma curta visita aos Emirados Árabes Unidos e, na hora de balanço, disse que em Março seria assinado o acordo de financiamento no valor de 800 milhões de dólares para a reabilitação da EN1. “Iniciámos, na visita anterior uma negociação de 800 milhões de dólares. Penso que o acordo poderá ser assinado em Março e passar para a fase de desembolso. Estamos a falar de cerca de 1500 quilómetros de estrada, sendo que, para uma parte, já conseguimos o financiamento”.
Ainda no balanço da visita, Nyusi disse que uma equipa de engenheiros dos Emirados Árabes Unidos tinha estado em Moçambique onde percorreu a EN1 e apresentou um relatório sobre as necessidades e o tipo de intervenção necessária.
“Estamos agora a discutir a viabilidade. Vocês sabem que, em alguns troços, pode haver fluxo de viaturas, por exemplo em Maputo e Inhambane. Mas depois frouxa, então significa que nuns pode haver e noutros não, por isso é preciso ver até quando esta estrada pode pagar a estrada, usando sistemas de portagens” .
Na altura, o Presidente da República deixou claro que as negociações estavam a evoluir positivamente. “Seguimos firmes naquilo que fizemos em Outubro quando estivemos cá, portanto não nos distraímos. Os sectores que tínhamos iniciado a discussão são agricultura, infraestruturas (com a imobiliária inclusa), área de investimentos ou diferentes financiamentos para projectos em Moçambique, mas também na área de defesa e segurança. Tivemos tempo suficiente para revisitar estas áreas e podemos concluir que as coisas estão a evoluir a um bom nível e com uma velocidade acima do que prevíamos” , disse.
Apesar desse entusiamo, o facto é que nem o Presidente da República nem o Ministro das Obras Públicas fala do financiamento dos Emirados Árabes Unidos para a reabilitação da EN1.Todas as intervenções fazem referência ao financiamento do Banco Mundial que, tal como o negociado com os Emirados Árabes Unidos, também é de 800 milhões de dólares. Até aqui não se sabe se o acordo de financiamento que estava previsto para Março já foi assinado. Se já foi assinado, resta saber quando serão desembolsados os 800 milhões de dólares e onde serão investidos. E se o acordo ainda não assinado, é importante saber o que terá acontecido para atrasar a assinatura. (CDD)