A utilização de energias renováveis pelos postos administrativos contribui para a redução dos recursos fósseis numa região que tem potencial para a produção de madeira e onde a exploração florestal é desenfreada. Foto: Nelsa Momade Pedro
A electrificação rural na província de Nampula, a mais populosa do país, com um universo de 6 102 867 de habitantes, de acordo com o Censo 2017 continua sendo um desafio, longe da concordância com os discursos oficiais.
S’o na capital provincial Nampula onde residem mais de 700 mil habitantes 89% da população é que está iluminada com energia da rede publica.
Para suprir esta falta, a população recorre a meios alternativos, precisamente painéis solares. Não só a população recorre a este tipo de energias, como também o Governo, que para fazer face a algumas necessidades recorre a centrais fotovoltaicas para iluminar unidades sanitárias, escolas e sistemas de abastecimento de água.
De acordo com o Atlas Moçambique, 2012, “o país por sua vez possui vastos recursos energético de fontes renováveis, apresenta um clima tropical quente, com duas estações principais: a estação quente e húmida. A sua temperatura média anual é de 23 a 26ºC nas zonas costeiras e a precipitação é por volta de 1200mm por ano”.
Ainda assim, a população tem recorrido ao uso de produtos florestas, como madeira e linha, para suprir as suas necessidades de acesso a energia.
Nos distritos de Mecuburi e Larde, respectivamente com 155 624 e 72 976 habitantes, precisamente a oeste e sul da província de Nampula, dois importantes postos administrativos confiam em painéis solares para melhorar a qualidade de vida dos seus residentes.
Estes dois postos administrativos são potenciais na produção madeireira. O posto administrativo de Muiti, em Mecuburi, tem parte da sua circunscrição dentro da reserva florestal de Mecuburi, e o posto administrativo de Mucuali, em Larde, tem sido palco de exploração florestal.
A utilização de energias renováveis, nestes dois postos administrativos, concorre para que recursos fosseis para a produção de electricidade não seja uma alternativa.
No posto administrativo de Muiti, no distrito de Mecuburi, com uma população estima em 242.959 habitante, utentes de painéis solares dizem-se satisfeitos por ter esta alternativa, pois esperar por fontes públicas pode não resultar.
Fernando Sozinho, produtor agrícola e pai de 5 filhos, é residente do posto administrativo sede de Muiti, explicou que “para nós termos os painéis solares dependemos da prática agrícola após a produção conseguimos comercializar para garantir a nossa iluminação e o uso dos painéis solares tem muitas vantagens, porque no período da tarde carregamos os telefones celulares e de noite iluminamos a casa ou ligamos colunas e ai dançamos, nossas musicas, produzidas pelos nossos filhos aqui, mas antes este convívio não existia e recorríamos os chaminés e provocava constipação que é um atentado a saúde por causa do petróleo e usávamos as velas, actualmente maior dificuldade é quando chegamos no período que cai a chuva”.
Sozinho disse que produz feijão bóer, mandioca, milho e gergelim, numa área de 4 hectares, e tem conseguido, em cada época, ganhar mais de 20 mil meticais.
Esménia Samuel, de 34 anos de idade, casada e mãe de 2 filhos, a qual diz que a qualidade da energia fornecida por painéis solares é fraca, explicando que tal se deve ao facto de “as baterias não terem muita qualidade”, por isso “sempre pedimos para que o Governo encontre formas de colocar alguém aqui que possa vender baterias de qualidade e fazer manutenção”.
“Aqui em casa temos um painel solar para garantir a iluminação, o meu marido comprou no ano passado a 10 mil meticais. E’ um painel grande. Nós produzimos gergelim e depois de vender foi possível comprar o painel[centro FAIR de prática de trocas comerciais na comunidade], existem dificuldades porque as baterias que usamos são pequenas e não conseguem ficar muito tempo com carga. Contudo, a nossa vida mudou muito e agora dentro da casa fica claro e carregamos nossos telefones para falar com nossos familiares que residem distante de nós”.
Devido a estes problemas, com a ausência de uma entidade que garanta a manutenção dos paines, a população deseja que a energia da hidroeléctrica de Cahora Bassa seja expandida para aquele posto administrativo.
“A escuridão forcounos a adquirir paineis solares, a luz dentro das nosssas casas dentro das nossas casas e é por isso fui comprar painel e bateria para reduzir o sofrimento e mesmo assim ainda a falta de iluminação mais abrangente, o normal seria trazer um motor grande de energia porque fazer a compra de dos painéis em cada mês e ano não é fácil porque as condições financeiras não permitem , acreditamos que com os painéis solares o sofrimento é reduzido e se fosse que o governo trouxe muitos painéis com preços normais e grandes estaríamos a comprar ou emprestar para fazer pagamento em prestações, também estarmos a congelar maheu e outros produtos para venda, ai a nossa vida podia melhorar ainda mais”, explicou Mussa Ussene, residente na zona de Ratane.
“Hoje em dia, existem muitos painéis a venda nas feiras e com o dinheiro que conseguimos na venda de produtos da machamba como algodão, gergelim e outros produtos diversos, conseguimos carregamos nossos telemóveis ao contrário do passado, os nossos painéis solares pendura no tecto e evita movimentar muitas vezes porque os fios são muito frágeis e facilmente já se cortam. Com painéis solares a vida aqui no campo ajuda muito, porque algumas famílias ate já tem congeladores e geleiras, dependendo da capacidade do seu painel”, afirmou.
Na ocasião, Tiloca José, parturiente da unidade sanitária da localidade de Ratane, no posto administrativo de Muiti, entende que graças ao uso dos painéis solares foi possível dar à luz um bebé saudável e sem qualquer dificuldade.
“Agradeço porque tenho bebé homem, com nove meses de vida, e estou muito feliz, a noite estava a acender lâmpada através de painel solar e é muito bom saber que agora conseguimos ter o parto em um local minimamente visível e que não corremos nenhum risco, nos anteriores o sofríamos muito e nascíamos na escuridão factor que nos preocupava bastante”.
Em Muiti, serviços mínimos de saúde são garantidos por painéis solares, destacadamente a maternidade e algumas escolas. Ao todo existem Muiti 3 unidades sanitárias.
Enquanto isso, as acompanhantes das parturientes, entendem que os painéis solares, minimizam os problemas enfrentados no centro de maternidade de Ratane, uma unidade sanitária que, em média mensal, regista entre 18 a 20 nascimentos.
O centro de saúde de Muite – Sede, mensalmente, chega a registar entre 25 a 30 nascimentos.
Antes da iluminação destas unidades sanitárias, as parturientes passavam por situações difíceis, pois tinham que trazer lanternas ou candeeiros com base em petróleo para ajudar no processo de parto.
A acompanhante da parturiente, Rosa Nicuacua, explicou que “quando não tinha lâmpada a enfermeira sofria muito em relação agora que a vida esta muito facilitada, somente pedimos aos responsáveis da unidade de saúde, a aumentar o número das lâmpadas e com maior capacidade para facilitar as parturientes e as próprias enfermeiras”.
Outra fonte que, por sinal também parturiente, simplesmente identificou-se de Isaura, disse que “sou acompanhante da minha irmã que desde ontem de noite nos fizemos presentes cá no centro de saúde, quando chegamos aqui estava tudo clara energia de painel solar e deu à luz uma menina e ela esta bem de saúde. Entretanto, as lâmpadas acendiam e ficou bonito e estou feliz e oque resta agora é continuar a assistir o desenvolvimento da comunidade”.
Segundo o líder comunitário da localidade de Ratane, Omar Antepa, os desafios enfrentados no ano passado eram amoires e preocupante para a população que dirigi e pede ao governo local o empenho para a promoção do uso dos painéis solares.
“No tempo do antigo presidente Guebuza traziam aqui painéis, se este governo tivesse esta ideia que tanto precisamos, pelo menos disponibilizar para algumas pessoas agradecíamos muito porquê minimizaria os originais problemas de pobreza, porque as pessoas optavam em negócios de produtos congelados. Aqui na sede e em outros lugares deste posto tem painéis solares que vejo e não tem nenhuma dificuldade porque as pessoas compram, colocam nas suas casas e ficam iluminadas, embora muitas pessoas ainda não tenham comprado por alegadamente ter o baixo rendimento, mas penso que este não pode ser motivo suficiente, os meios que usávamos antes como as chaminés que criavam sujidade e provocavam doenças respiratórias e constipações comparativamente aos painéis solares”.
Solar panels at the health centre in Muite facilitate communication for emergency issues and the conservation of vaccines. Photo: Nelsa Momade Pedro
De acordo com o substituto do chefe do Posto Administrativo de Muiti, Elias Paulo Novanana, a energia solar utilizada não é abrangente para todos os residentes naquela circunscrição geográfica, mas estima que um total de 540 famílias utilizam painéis solares.
“Existem vantagens no uso de painéis solares como carregamento de telefones, própria iluminação publica e podia falar de outras vantagens mas porque os painéis que se usam aqui são de menor capacidade não conseguem arrancar congelador ou seja electrodomésticos posso assim dizer, em relação a fonte de energia e o nosso posto administrativo os painéis solares é abrangente em termos do número de utentes até porque alguns jovens recorrem a estes painéis, no centro da cidade de Nampula, depois fazem o seu negócios nas feiras em todos os domingos. Título de exemplo, vou falar de um dos negociantes que está aqui em Muiti, o pastor Mário, usa painéis solares até tinha uma impressora e oferecia serviços de digitação e impressão e copias na sua própria casa, mas depois de um tempo acabou deixando por causa da qualidade da própria energia que não tinha capacidade, ou seja, já não aguentava alimentar aquela impressora porque as baterias já estavam cansadas e já não arrancavam o computador”.
No entanto, Elias Paulo Novanana, na sua locução disse que “acredito que com painéis solares a vida é um pouco avançada que facilita a nossa comunicação com os vivem longe, também podemos fazer alguma transacção de serviços financeiros móveis quando alguém tiver dinheiro, também a própria vida as pessoas são mais informadas a partir do uso de painéis solares, uma vez que, conseguem ter o acesso a internet o que na altura não conseguiam ter. E ao nível da sede do posto administrativo, temos instituições como Escola Primaria, Centro de Saúde, na secretaria do posto, nas antenas de telefonia móvel e instituições públicas das localidades de Ratane e Napai tem painéis solares, agradecemos ao governo e dizer que estao em curso as obras de instalação de um sistema fotovoltaico de iluminação que vai conseguindo alimentar uma moageira e electrodomésticos e ai o nosso peixe do rio Lúrio não estará se deteriorando e isso vai melhorar em grande medida a vida da população deste Posto de Muiti”, contou a fonte.
Os representantes da unidade sanitária da localidade de Ratane, em Muiti, no distrito de Mecuburi, afirmam que o uso dos painéis solares na época chuvosa e nos dias que correm, sobretudo o banco de socorro, tem estado a compromete o atendimento dos pacientes com diversas patologias.
Naquele posto administrativo do distrito de Mecuburi recorrentemente são registados, com frequência, doenças como a malaria, gripes, bilharziose e o HIV/SIDA.
A directora da unidade sanitária da localidade de Ratane, Domingas Domingos Fungulane, referiu que “na maternidade onde trabalham os outros colegas tem iluminação através de energias solares, por isso, estamos minimamente bem, mas no banco de socorros o meu sector estamos com muitas dificuldades de como atender os pacientes e quando os nossos telefones descarregam obrigamos os pacientes a trazerem suas lanternas e isso cria custos dos doentes, as vezes encontramos pessoas confusas que não compreendem quando assim falamos para atenderem a eles e que tem sido muito difícil. Tentei explicar nas reuniões junto do chefe da localidade explicando que estamos a enfrentar essa dificuldade porque não temos condições para restabelecer ou abranger a todos sectores inclusive a maternidade e esse problema se verifica nas nossas casas”.
A nossa interlocutora, disse ainda que “no momento que cheguei cá, na unidade sanitária, quase não tinha iluminação e tinhas dificuldades como atender os pacientes do sector da maternidade, assim como no banco de socorros, tentei aprofundar sobre a situação de painéis solares, diziam que houve roubo da bactéria e foi adquirida uma que não é compatível e facilmente descarrega, por conta disso, veio uma equipe da Direcção Provincial Saúde com vista a tentar aprofundar a situação dos painéis solares se o problema era de bactéria ou do inversor. Ao andar do tempo tivemos benefício do projecto Ehali que doou novo sistema de painéis solares somente para maternidade e aproveitamos o carregamento dos nossos telefones para facilitar a comunicação a vila distrital de Mecuburi para qualquer caso de urgência”.
O uso de painéis solares no posto administrativo de Muiti, também, funciona no posto administrativo de Milhana, onde residem 23.503 habitantes, no mesmo distrito de Mecuburi na província de Nampula, como forma de garantir a maternidade.
“Quando o nosso painel não tem problema nenhum ele suporta 24/24horas de tempo, a desvantagem é no tempo chuvoso porque a energia não é total e quando há tempestade descarrega sozinho o disjuntor, mas outra vantagem é que não trás perigo de circuito. Ainda sobre o uso de painéis solares é fácil, digo isso para o meu lado, porque não é algo novo e já estive em Milhana com o mesmo sistema e é muito fácil”, recordou a directora da Unidade Sanitária da Localidade de Ratane, Domingas Domingos Fungulane.
Fungulane prossegue afirmando que “na verdade, nunca estive numa Unidade Sanitaria sem energia do sistema de painéis solares, então não tenho uma experiência comparativa, mas quando existe dificuldade é que quando não há iluminação usávamos as lanternas dos nossos telefones, porque tem havido fluxo de pacientes nas segundas-feiras e ficamos muito tempo na Unidade e fizemos o esforço de não abandonar os nossos pacientes e ajudá-los a resolver os seus problemas”, contou a directora da Unidade Sanitária da Localidade de Ratane, Domingas Domingos Fungulane.
A enfermeira do sistema de informação de mortalidade (SIM) e responsável da maternidade na localidade de Ratane no posto administrativo de Muiti, Vitória Josene, sublinhou que “nós, como sector da maternidade aqui em Ratane, não tenho nenhuma dificuldade porque temos iluminação a partir de painéis solares bem localizados e desde que montaram nunca tivemos falta de energia. As vantagens são muitas, uma delas as mães sentem-se acomodadas, muito bem porque na altura que nós não tínhamos energia era um constrangimento muito grande elas vinham com lanternas ou nós também termos que pegar lanternas ou telefones para iluminação”.
A fonte, garantiu que “o pressentimento nosso das nossas utentes é que elas estão a gostar e as mães aparecem mais vezes ter parto no hospital, embora antes vinham, mas agora dá mais motivo e o impacto é diferente e se informam lá no bairro que não precisam levar lanterna quando vão a maternidade”.
Na mesma abordagem, o director da unidade sanitária de Muite-sede no distrito de Mecubúri, Amâncio Gonçalves, afirma que com as energias renováveis vários serviços básicos, particularmente o sector de saúde, agora respira de alívio e sofrimento que antes recorriam velas para iluminação, ação que constitui maior risco.
“Como recomendação ou apelo é como manter o sistema, porque ter já temos, agora requer uma manutenção de rotina, ver se tem solução em dia e se as bactérias carregam, necessitamos que alocado uma equipa de técnica de manutenção dos painéis solares para fazer assistência rotineira pode ser semestral ou anual e alargar a sua capacidade para abranger todos sectores uma vez que priorizaram mais a área da maternidade, mas temos o banco de socorro que não se beneficia do sistema, triagem e temos serviços noturnos então há necessidade de ampliar a capacidade da Unidade de saúde no seu todo”.
Indo mais além, disse que “o sistema em si vem com as bactérias e ao andar do tempo aquelas bactérias ficam obsoletas, precisando de uma manutenção e nos desde que este sistema foi alocado nunca houve intervenção de manutenção e fizemos localmente entre nós, se não esta a carregar porque não tem solução ou outra coisa, mas se tivesse um técnico viralizado para manutenção seria mais rentável, também a fonte de energia que temos cá localmente é de painéis solares suportada por baterias. Como vantagens são múltiplas porque a calada da noite há pessoas que recorrem os nossos serviços e sobretudo na maternidade tínhamos muitas dificuldades porque tínhamos que recorrer os nossos telefones ou candeeiros, mas com este sistema nos ajudou bastante”
Esta fonte acrescentou que a energia solar “facilita a comunicação porque carregamos os nossos telefones para questões de emergência e também nas campanhas de vacinação a geleira é sustentada pelo sistema de painéis solares, para a conservação das vacinas o que anteriormente usamos geleiras a gás e quando acabasse as vezes tínhamos roptura ao nível do distrito e ficávamos desprovidos desses serviços”.
Izildo Nogueira: Eectrification projects implemented by FUNAE since 2018 in the various administrative posts are valued at a total of 60-million meticais (about US$940,000). Photo: Nelsa Momade Pedro
Fundo de Energia (FUNAE)
De acordo com o delegado do fundo de energia (FUNAE) em Nampula, Izildo Nogueira, o país neste momento não produz maior parte dos componentes necessários para instalação de sistema solar.
O trabalho de eletrificação na província de Nampula, iniciou em 2008 a serem instalados paineis solares de marca “Kom Cister” sistemas solares que eram instalados por cima e dentro de residências com vista a beneficiar a população a produção de energia autónoma.
Entretanto, decorre a construção de centrais solares a nível da província de Nampula e Cabo Delgado, região norte de Moçambique, concretamente nos distritos de Mecubúri, Memba, Eráti, Lalaua e Larde, para o caso de Nampula.
O Delegado do FUNAE, em Nampula disse que esta em curso a construcao de duas pequenas centrais solares no distrito de Mecubúri e que preveem electrificar todo o posto administrativo de Milhana.
“Estamos a prever eletrificar acima de (1500) residências. Vamos fazer uma baixada para o posto administrativo de Muiti onde os numero de familias ronda 500 e a central podera fornecer
energia com até perto de (1000) ligações. Este projecto denominado Enabel é financiado pela cooperação Belga e neste momento estao a decorrer obras como implementação das bases de assentamento de painéis solares e contentores para ter todo equipamento de armazenamento da corrente que vai ser produzida, distribuída e feito o controle daquilo que vai ser o consumo e bem como a produção”.
Acrescentando referiu que em media preveem a construção de centrais solares contentorizadas finalizadas no prazo máximo de oito (08) meses com a media de seis (06) com o seu termino previsto para segunda quinzena de Novembro do ano em curso.
Assim como decorre tambem a implantacao de postes “ queremos acreditar que ate meados deste mês de Outubro estaremos com uma percentagem de execução de pelo menos 60% à 70% daquilo que se prevê em termos de execução”. Enfatizou Nogueira
Para além de Muiti e Milhana, o distrito de Memba, no posto administrativo de Lúrio, conta com uma capacidade deperto de (160) ligações, também foi contruída uma central de sistema solar com perto de 45 ligações no posto administrativo de Namiroa no distrito de Erate.
Referiu que tambem “Foram vandalizados muitos painéis solares’ o que poe em causa a electrificacao assim como fez saber que o maoir aglomerado populacional esta na zona rural onde regiões criadas aldeias facilita a construcao de pequenas redes actualmente em construcao.
“Estamos neste momento a fazer eletrificação de uma pequena rede no posto administrativo de Nioce no distrito de Malema em Nampula, uma solicitação feita pelo governo. Tambem nos postos administrativos de Mucuali, Namiroa e Riane que fazem parte de um pacote de eletrificação cujo projecto foi financiado pela India em 2018. Construímos três centrais solares com capacidades que variam entre 10 ate 33 kilowatts, também em Mucuali neste momento estao fazer perto de (45) ligações da mini rede e temos alguns sistemas solares isolados que totalizam perto de vinte (20) para os beneficiários que estão distante do raio da corrente de rede elétrica nacional. A intenção do FUNAE ‘e de aumentar a capacidade para o triplo”.
Ainda segundo o Delegado Nogueira, a nível da província de Nampula-Moçambique, foram eletrificados cem unidades sanitárias mas devido a vandalização dos sistemas solares porque as varias escolas nas zonas rurais nao estão devidamente protegidas, no entanto, para o ano 2024, prevê-se o inicio da construção de algumas centrais nos postos administrativos como é o caso de Mety no distrito de Lalaua e neste momento esta a ser levados a cabo estudos para averiguação de capacidade de instalação.
“Centrais solares, em principio tem uma vida útil de perto de 25 anos, então poderemos beneficiar outras comunidades ao nível do distrito com aquele sistema e assim que a rede electrica nacional estiver ja disponivel nos apenas vamos movimentar a infraestrutura de produção que são os painéis de armazenamento, as baterias e bem como outras componentes e de seguida a EDM garantir a rede elétrica nacional de energia.Uma bactéria de 200 amperes horas e 12 voltes que nós normalmente usamos nossos sistemas solares resistências, ronda no preço de mercado entre 20 a 30 mil meticais cada bateria. O Fundo de Energia tem uma fabrica de painéis solares que está localizada em Beluluane na província de Maputo, em termos de demanda mesmo para os nossos projectos não conseguimos cobrir devido a matéria prima para produção de painéis solares, temos que importar, por conta disso torna-se desafiador”.
Segundo o delegado “Objectivo do governo esta alinhado com as Nações Unidas, tem a ver com o desenvolvimento sustentável, como é o acesso da energia elétrica até 2030 e o governo de Moçambique está neste momento a trabalhar a todo o vapor por forma que ate 2030 toda população moçambicana possa beneficiar da energia elétrica.” Disse Nogueira
Nelsa Momade Pedro é jornalista moçambicana do Jornal Ikweli, no norte de Moçambique. Esta investigação foi concluída com o apoio do projeto Oxpeckers Investigative Environmental Journalism #PowerTracker e da Open Climate Reporting Initiative do Center for Investigative Journalism.