Quinze dias depois do assassinato bárbaro de Moisés Mandlate, um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), afecto ao Grupo de Operações Especiais (GOE), da Unidade de Intervenção Rápida, o Estado moçambicano está num silêncio sepulcral, o que adensa as suspeitas de se estar em presença de um caso de queima de arquivo, tendo em conta o trabalho, algumas vezes sujo, que este grupo de especialidade da PRM executa a pedido de gente poderosa e com influência no Estado. São elementos do GOE, na pele de esquadrões da morte, que assassinaram o activista social Anastácio Matavele1 e outras vozes incómodas ao regime.