Foto: Embaixadora dos EUA nas Nações Unidas Linda Thomas-Greenfield
Por Manuel de Araujo
Presidente da Conselho Municipal de Quelimane
Moçambique
Não terá a Senhora Embaixadora dos EUA nas Nações Unidas se esquecido de dizer ao Presidente Nyusi que deve respeitar a sua própria Constituição cumprindo com o artigo 51 que preconiza o direito a manifestação ou preferiu trair a memória da ex-Primeira Dama dos EUA Eleonor Roosevelt que lutou para a consagração deste direito e de outros direitos fundamentais bem como os ” direitos inalienáveis ” como a liberdade de pensamento/opinião, de consciência, de expressão e de religião na Declaração Universal dos Direitos Humanos!
Se terá esquecido que o louvável e imaculado trabalho da senhora Roosevekt se inspirou na própria Constituição dos EUA? Esqueceu-se a Ilustre diplomata que Constituição Americana defende que tais direitos vem do Criador e portanto acima de qualquer governo, incluindo o dos EUA? Esqueceu-se a Ilustre Embaixadora que a Constituição dos EUA foi inspirada na Biblia Sagrada e na herança do ” Iluminação ” e que a mesma protege não só a liberdade de religião, os direitos a propriedade, entendidos como incluindo o direito a vida, liberdade, e prossecução da felicidade? Esqueceu-se a ilustrei
Embaixadora que a própria de Declaração de Independência dos EUA defende a natural igualdade e os direitos inalienáveis da raça humana! Esqueceu-se a ilustre embaixadora que George Washington sonhava como uma América que defenderia não apenas os ideais de igualdade e de oportunidade e que os EUA deveriam servir como a ” farol cada vez mais brilhante da liberdade a cada geração que passa, daqueles que, como nós, buscam um futuro melhor e uma união mais perfeita”?
Sendo a mais alta diplomata dos EUA, a Embaixadora não se terá esquecido dos ensinamentos de Matin Luther King Jr., que chamou a Constituição dos EUA de” Nota Promissora” de direitos ou seja a ” Nota Promissora ” e que tais direitos não eram apenas para os americanos mas também para a humanidade (raça humana??
Esqueceu-se a Ilustre Embaixadora que o principio constitucional americano segundo o qual “todos os Homens (e mulheres) nascem iguais e são dotados por Deus de direitos naturais inalienáveis” se estende também a humanidade e aos moçambicanos?
ou a América deixou de ser o ” farol de esperança ” ou melhor a afirmação de Michael Pompeo, antigo Secretário de Estado dos EUA, segundo a qual ” renovando nosso senso de propósito (inspirado na Constituição americana), podemos encorajar outros estados-nação, por meio de suas leis soberanas e decisões políticas, a garantir direitos para seus próprios cidadãos e fortalecer suas parcerias com os Estados Unidos. vamos brilhar a luz da liberdade no exterior”.
Terão os EUA deixado de sonhar tão alto ou os interesses nacionais dos EUA na perspectiva realista mais conservadora sobrepõem-se aos valores embuidos e emanados da sua própria constituição?
É nossa modesta opinião, salvo melhor entendimento que a Ilustre Embaixadora perdeu uma enorme oportunidade de ficar calada e ao abrir a boca acaba de dar uma chapada bem forte na cara dos moçambicanos ao elogiar o Presidente Nyusi sem se referir e lembrar as recentes violações de direitos humanos aquando das manifestações em homenagem ao artista Edson da Luz, vulgo Azagaia.
Senhora Embaixadora, em nossa humilde opinião, você traiu não apenas os princípios dos pais fundadores, mas também a Constituição dos EUA e você, ilustre, traiu a nós que olhamos para os EUA e sua política externa, apesar do Iraque, Líbia e outros incidentes, como o “Farol da esperança e luz”! (Moz24h)