Intervindo durante a abertura do Fórum de Perspectivas Climáticas da África Austral, o governante recordou que as cheias que já se abateram no País resultam da falta de preparação por parte das entidades competentes.
“Em Fevereiro do ano passado, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) difundiu informação sobre as chuvas, mas a sociedade civil e vários intervenientes disseram não ter sido especificada a dimensão do problema. É tomando estes e outros exemplos que apelamos a uma melhor provisão de informações climáticas”, sublinhou.
De acordo com Mateus Magala, a prestação de informações credíveis em tempo real vai permitir um melhor controlo das bacias hidrográficas nacionais.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.
O período chuvoso de 2018-19 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o País.
De acordo com os dados do Governo, no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afectaram mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3200 salas de aula. (DE)