Moz24h Blog Economia Índice PMI do Standard Bank: Instabilidade Política Provocou Contracção Económica de 1,6% no Último Trimestre do Ano. Crescimento Recupera em 2025
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Índice PMI do Standard Bank: Instabilidade Política Provocou Contracção Económica de 1,6% no Último Trimestre do Ano. Crescimento Recupera em 2025

A economia moçambicana registou uma contracção de 1,6% no quarto trimestre de 2024, segundo o economista-chefe do Standard Bank Moçambique, Fáusio Mussá. No entanto, para 2025, o banco prevê uma recuperação, com um crescimento de 3% ao longo do ano, “ou 1% caso se exclua o sector extractivo.”

“As nossas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 de 2,5%, após os 5,4% em 2023, reflectem uma contracção de 1,6%, sempre em termos homólogos, no quarto trimestre de 2024”, afirmou o economista no comentário que acompanha a divulgação do Índice de Compras dos Empresários (PMI) relativo a Janeiro, segundo informou a Lusa.

Os dados indicam que o PIB, excluindo a exploração mineira e o Gás Natural Liquefeito (GNL), cresceu menos de 1% em 2024, um valor inferior aos 2,2% registados em 2023.

 Para os primeiros meses de 2025, o economista prevê que as dificuldades económicas continuem a afectar o País, mas antecipa uma melhoria progressiva nos trimestres seguintes.
As manifestações pós-eleitorais em 2024 foram marcadas por violência, protestos generalizados e contestação dos resultados eleitorais. 

“É esperado que a contracção no crescimento do PIB se mantenha no primeiro trimestre de 2025, mas deverá ocorrer uma recuperação nos trimestres subsequentes, consistente com a nossa previsão de 3%, em termos homólogos, para 2025”, acrescentou.

Desde Outubro, Moçambique vive um período de forte agitação social, com protestos e paralisações inicialmente convocados pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados das eleições de 9 daquele mês.

Embora as manifestações tenham diminuído de intensidade, continuam a ocorrer em vários pontos do País. Além da contestação eleitoral, os manifestantes denunciam o aumento do custo de vida e outras dificuldades sociais.

De acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais, pelo menos 327 pessoas morreram desde Outubro, incluindo duas dezenas de menores, e cerca de 750 foram baleadas durante os protestos. (DE)

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