Por Nacir Cláudio
Com a mais recente vaga de ataques dos insurgentes com Dados da Organização Internacional das Migrações (OIM) a indicarem que dos ataques ocorridos entre 8 e 25 de Fevereiro sobretudo nos distritos de Chiúre e Macomia, provocaram respectivamente 54.534 e 2626 deslocados aumentam também sérios riscos de uma miséria de instabilidade política, económica, social e cultural que corre o país !
Nos últimos dias estamos com medo de tantas incertezas que renascem no novo fenômeno dos ataques terroristas e saque ao longo da estrada Nacional 1 e En380
O custo de vida já está cada vez mais a subir no dia com destaque no mês de Fevereiro . Falamos com vários jovens e chefes de famílias em Mueda o saco de arroz que custava 1650 já está a custar 1800 mts 1litro de óleo da cozinha chega a custar 200 mts e todos os outros produtos básicos estão em subidas de preços. Em Macomia estão concentrados milhares de pessoas que estão vindo das aldeias que ficam ao longo da EN 380 aldeias Nova vida, Criação, 5° congresso, Chitachi, Chitunda, Litamanda.
Isto está a agravar a situação de insegurança alimentar e desnutrição das crianças daquelas aldeias. São as incertezas que levam milhares de pessoas a ter que abandonar às suas zonas de origem e de conforto.
Os novos ataques dos Insurgentes está a desalojar famílias que estavam com certeza de que iriam conseguir ultrapassar a insegurança alimentar devido a forte trabalho de mobilização e sensibilização para poder trabalhar na terra, terra que por alguns dias não vivia das incertezas que o novo fenômeno obriga a ter que abandonar os campos de cultivo.
O distrito de Chiure está neste momento sob pressão e mortes de inocentes que se veem indefesos . Os planos de produção agrícola e outros sectores de actividades recreativas económicas culturais estão ameaçados das incertezas.
A 27/02/24 ultimo, a Aldeia de Nahuvi era posta em chamas uma zona perto de Megaruma, e aldeia de Mueze eles iam raptando jovens naquela zona. Victor Jorge de 43 anos de idade natural de Chiure disse a nossa reportagem que “os terroristas vem em grupinhos que vão aterrorizando famílias e vão deixando mensagens como ‘ viemos aqui para ficar este mes de Ramadan, Chiure será nosso , nao temos medo das FDS e suas forcas amigas.” Disse Jorge
Ainda segundo Jorge que escapou de um sequestro na aldeia Magaia e das decapitações voltaram a aumentar o número de mortos, “os insurgentes são muito jovens de idade ( 15. 19. 23) anos disse Vítor Os mais recentes ataques deixaram milhares de crianças sem acesso a escola, saúde, agricultura e entre outros assuntos de desenvolvimento local e nacional”.
Está situação divide opiniões no ceio da população que vem procurando por uma Paz e coesão social nas comunidades onde sempre viveram.
Alide Rafael de 50 anos de idade surpreendido numa situação impar , “ nunca tinha vi uma situação do gênero mesmo a guerra civil entre A FRELIMO e RENAMO. E’ uma coisa estranha, parece que estão a esconder o que está por detrás deste fenômeno”. Disse Rafael
Acrescentando referiu que “Muitas pessoas estão a morrer como se tratasse de animais decapitações e outros por tiros até há desaparecidos que não se sabe onde estão. AS pessoas que estão no governo deveriam se pronunciar sobre este assunto que está nos deixar muito triste e sem planos de certeza que vamos voltar para casa e encontrarmos às nossas famílias.
Rafael nao sabe onde esta a outra parte da sua família, apenas sabe que perderam-se pela mata. “ se perderam pela mata de aldeia Magaia Chiure , só consegui levar os meus dois filhos e outros três mais a minha esposa, fugiram para outro lado que não sei se chegaram a uma zona segura. Passam 6 dias que nao consigo falar com eles. Estamos com medo os bandidos são rápidos e ao fazer ataques, só entram e começam a por fogo nas casas, principalmente casas de pessoas que trabalham no governo”.
De acordo com os dados disponíveis (OIM) até no dia 27 de Fevereiro davam entender que cerca de 35 500 crianças estavam sem escola devido aos ataques terroristas totalizando 68 mil pessoas nos últimos dias que sentiram se forçadas a abandonar às suas casas em Macomia, Quissanga, Mecufi e Chiure.