Iskandar Safa morreu aos 69 anos de idade, na segunda-feira (29), em Mougins, na França, vítima de doença, segundo seu sócio da revista Valeurs Actuelles, Tugdual Denis.
Num anúncio na rede social ‘X’, antigo Twitter, Denis escreveu: “Esta noite, é com profunda tristeza que vos informamos da morte do nosso proprietário, Iskandar Safa. Faleceu com a dignidade do cavaleiro que era. Que Deus abençoe a sua alma e proteja a sua família, que tanto significava para ele”.
Aliás, a revista da qual era sócio emitiu um comunicado no seu portal onde revela que Iskandar Safa “lutou contra uma doença grave nos últimos meses”, e pediu a privacidade para a família “neste momento de luto”.
De carácter reservado, Iskandar Safa controlava estaleiros em Cherburgo (CMN), na Grécia, em Abu Dhabi e na Alemanha, a norte de Hamburgo (GNYK para grandes embarcações navais e Nobiskrug, onde foi construído o maior iate à vela do mundo em 2017). Adquiriu a Valeurs Actuelles, em 2015, por 9,2 milhões de euros.
No ano passado, a sua fortuna e a do seu irmão Akram ascendia a 1,45 mil milhões de euros. (Fontes: Le Monde, Valeurs Actuelles, lejsl).
Em Moçambique, o estrelismo de Iskandar Safa prende-se com o maior calote financeiro que o país conhece, as dívida ocultas. Ele é apontado como o principal mentor do caso que lesou o Estado em mais de 2,7 mil milhões de dólares.
A situação levou a que o principais fornecedores de financiamento suspendessem as suas remessas de dinheiro para Moçambique. O país foi embrulhado num negócio supostamente economicamente inviável, tendo viabilizado empréstimos sem o aval da Assembleia da República para três empresas nomeadamente, Empresa Moçambicana de Atum, Mozambique Asset Management e ProIndicus.