O Banco de Moçambique (BdM) fez saber que poderá implementar, a partir deste ano, um sistema informático integrado para melhorar o controlo de operações cambiais, e assim prevenir o País de crimes de branqueamento de capitais, financiamento de actividades ilícitas e outras acções proibidas.
Falando nesta quinta-feira, 4 de Abril, na província de Gaza, durante a abertura da 5.ª reunião dos directores de filiais do BdM, o governador da instituição, Rogério Zandamela, explicou que, através deste mecanismo, serão monitoradas todas as operações de gestão de mercado e reservas, tesouraria, transacções com as instituições do Estado, instituições financeiras e de bolsa de valores.
“A introdução desta ferramenta visa tornar a infra-estrutura tecnológica do Banco de Moçambique mais moderna, robusta, segura e alinhada com as boas práticas internacionais”, frisou.
Recentemente, o Executivo garantiu estar a trabalhar para retirar o País da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), destacando que estão a ser implementadas medidas importantes para elevar a transparência e alcançar os objectivos até Junho deste ano.
“Estamos a dar passos significativos para a retirada desta classificação negativa. De momento, estamos a aguardar a divulgação do último relatório”, afirmou o director-geral adjunto do Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM), Luís Cizerilo.
O responsável recordou que o GAFI deu dois anos para Moçambique melhorar a sua estrutura de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, a contar desde Outubro de 2022.
“Estão a ser implementadas diversas acções no sentido de cumprirmos os prazos estabelecidos. Caso contrário, o território nacional sofrerá bloqueios nas transacções financeiras internacionais”, sublinhou. (DE)