Moçambique tem celebrado avanços na luta contra a caça furtiva, mas as autoridades policiais e alfandegárias continuam a interceptar na rota do contrabando enormes quantidades de pontas de marfim e outros troféus de animais protegidos, tal é o caso de 4,8 toneladas deste material apreendido, na semana passada.
O material apreendido pelas Alfândegas de Moçambique estava pronto a ser exportado ilegalmente para o Dubai, disse a delegada da entidade na cidade de Maputo, Lavínia Macul.
“O exportador disfarçou ou camuflou as pontas ou pedaços de marfim dentro de sacos de milho e pôs também sacos de milho, mas, como as nossas unidades operativas funcionam, foi frustrada esta tentativa exportar, porque este é um produto proibido de exportação”, disse Macul.
Este caso surge poucos dias após um tribunal ter condenado a 30 anos de prisão o cidadão Chabane Adamuge Assuba, por ter abatido 42 leões, 20 elefantes e quatro rinocerontes.
Para o advogado da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), David Ucama, a condenação é um sinal de rigidez de Moçambique no combate cerrado a este tipo de crime.