Os representantes da Frelimo não aceitaram a exclusão dos cadernos fantasmas encontrados na
Zambézia e em Nampula. A deliberação foi aprovados com 10 votos a favor, todos da Frelimo, e sete contra, da oposição.
Os elementos da oposição na CNE contestaram os resultados apresentados alegando
irregularidades verificadas durante o recenseamento e o facto de não ter havido consensos nas
comissões distritais e provinciais sobre os mesmos dados.
De acordo com o relatório do STAE, aprovado pela CNE na sessão extraordinária da segunda-feira passada, apenas houve consensos em cinco comissões provinciais de eleições, nomeadamente
Maputo, Manica, Tete, Nampula e Cabo Delgado. Facto estranho foi em Nampula haver consenso em em três distritos. Nas restantes seis comissões provinciais os resultados foram aprovados mediante a votação. E venceu a maioria na CNE, a Frelimo.
Matola passa a ser o município com mais mandatos ultrapassou a cidade de Maputo que vinha sendo o maior município de Moçambique. Com base no recente recenseamento eleitoral, o município da Matola passa a ter 66 mandatos contra os anteriores 59 (ganha sete mandatos), enquanto Maputo Cidade passa dos 64, em 2018, para 65 mandatos, em 2023. O município de Nampula foi o único a perder pelo menos um mandato. Beira ganhou um mandato e Quelimane manteve os anteriores mandatos. Mueda, em Cabo Delgado, foi o que mais mandatos ganhou (14).
As províncias de Gaza e de Niassa são as únicas que não ganharam sequer um mandato, ou seja, mantêm os mandatos de 2018 em todos os municípios. Cabo Delgado é a província que mais mandatos, ganhou (34).
Os bloqueios ao eleitorado da oposição nas cidades da Beira, Quelimane e Nampula pode ter evitado que aumentassem ligeiramente os mandatos para as próximas assembleias municipais nestes municípios. (CIP)
https://www.cipeleicoes.org/wp-content/uploads/2023/07/Boletim-das-eleicoes-112.pdf